Uma ilha feliz: é assim que ela é chamada, talvez pelas incríveis águas azuis do Caribe. Com certeza Aruba terá algumas praias na lista das melhores que você já visitou. A ilha pode ser visitada o ano todo, pois está fora da rota dos furacões, e também porque sempre apresenta temperaturas agradáveis. Entre outubro e janeiro pode haver chuva, mas se isso acontecer são chuvas rápidas. Porém, em qualquer época do ano o visitante encontrará águas calmas e quentes.
Aruba foi uma colônia holandesa que tornou-se um país independente, mas ainda preserva um tanto da Holanda. Apesar de o idioma local ser o papiamento (que para mim mais parece o idioma inventado para o parque de diversões paulista Hopi Hari), o lugar parece até poliglota, pois eles conversam em muitas línguas com os turistas. Você poderá falar algumas vezes até em português, mas certamente em inglês, espanhol e holandês. Você precisará de passaporte, mas não de visto.
Há voos para Aruba com conexão em Bogotá, Panamá, ou ainda Estados Unidos. Existem também alguns cruzeiros que passam por lá. A ilha não é muito grande, e não são necessários muitos dias para conhecer o principal. Você pode levar dólares, que são bem aceitos, apesar de a moeda do país ser o florim arubano. A capital é Oranjestad, que é um centro histórico charmoso e você pode até passear de bondinho. Caso alugue um carro, nessa parte da ilha há estacionamentos em que é utilizado o sistema de parquímetro, onde você introduz moedas conforme o tempo que for ficar.
Existem várias formas de se deslocar. Os preços de táxi são meio tabelados. Há também um sistema de ônibus, mas não vi muitos circulando. Dizem que dá para você utilizar esse transporte, mas realmente terá que fazer algumas baldeações para chegar nos atrativos mais distantes da ilha e pode perder bastante tempo. Tem algumas agências que oferecem passeios específicos pela ilha. Eu achei os táxis caros e queria aproveitar bem o tempo, sem ser dentro de ônibus. Por isso, para mim, o melhor custo-benefício que encontrei para conhecer o máximo de Aruba gastando o mínimo possível foi alugando um carro e fazendo o que esse carro me permitiria de passeios (gastei cerca de 100 dólares para 3 dias de aluguel, e outra vantagem é que esse foi meu transporte para sair e chegar no aeroporto). Eu tinha pré-reservado um carro já daqui do Brasil. Porém, ao sair do aeroporto (as locadoras ficam de frente para ele, do lado de fora), encontrei locadoras locais bem mais baratas que essas de franquias grandes e famosas, e troquei meu aluguel na hora. Outra opção seria você fazer uma parte dos dias de ônibus, quando for para as regiões de Oranjestad até a parte norte, e alugar um carro só para os dias que for mais longe, como as praias do sul e parte leste da ilha. Talvez essa seja a opção mais barata.
Você pode se hospedar em Palm Beach, Oranjestad ou Eagle Beach. Em Palm Beach está a principal zona hoteleira, com muita influência dos EUA, com grandes hotéis, restaurantes, lojas e cassinos. É um bom lugar para passear de dia e de noite. Já em Eagle Beach há mais tranquilidade, tem hotéis e pousadas menores. Essas duas regiões estão próximas a ótimas praias. Em Oranjestad você não vai ter as melhores praias próximas, mas lá tem até um hotel com uma ilha particular, o Renaissance, que você pode pagar o day use para aproveitar o local e ver os flamingos. Na região há também a De Palm Island, onde você pode pagar o all inclusive (cerca de 120 dólares) e fazer as atividades de lá, como snorkel, banana boat, tobogãs, Sea Trek e outros. Também lá perto há outro passeio em que você sai de submarino para ver o fundo do mar. Eu não fiz esses passeios, achei um pouco caros e queria fazer só o que o carro alugado me permitisse. Tem um passeio também à fazenda das borboletas.
Agora chega de enrolar e vamos às praias! As praias no geral têm a melhor luminosidade na parte da manhã. Então sugiro acordar cedo para ver os tons de azul mais claros do mar, e você pode pagar para ficar nas cadeiras de praia se quiser. Em meu primeiro dia, de manhã, visitei a Eagle Beach, cartão postal de Aruba, com as famosas árvores Divi-Divi. Ela é realmente incrível e já apareceu em muitas listas das praias mais lindas do mundo. Fora isso lá tem um belíssimo por do sol. Foi um local que visitei várias vezes durante minha permanência em Aruba.
Depois, na parte da tarde eu segui para o norte da ilha. O ponto mais ao norte que visitei foi o Farol California, que não é muito impressionante, mas vale conhecer. Bem perto dele, depois desci para uma sequência de lindas praias: Arashi, Boca Catalina e Malmok. Elas ficam bem próximas uma da outra. Essa parte não tem muita estrutura, mas é tranquila e boa para snorkel. Sempre sugiro levar o próprio snorkel para evitar esse gasto, isso em qualquer parte do mundo que for. De carro essas praias ficam a uns 10 a 15 minutos de Palm Beach.
Mais longe, descendo em direção a Palm Beach (área dos hotéis) você vai encontrar praias bonitas também, de extensão maior, algumas, como a Fisherman’s Hut, até com prática de kite surf e wind surf. Nesse caminho e em Palm Beach mesmo você vai encontrar 2 dos letreiros Eu <3 Aruba (tem um em Oranjestad também). A Palm Beach, que já é mais badalada por conta dos hotéis, tem 2 km de extensão. De lá, se fosse a pé, daria cerca de 25 minutos até Eagle Beach. No fim da tarde passeei em Oranjestad para observar a arquitetura, ver o bondinho passar e visitar os shoppings. Esses caminhos todos eu consegui fazer com um mapa impresso que me deram ao alugar o carro, além de seguir as placas (o único lugar que foi difícil achar foi minha hospedagem quando cheguei, escondidinha em Eagle beach, mas resolvi perguntando para um taxista).
No meu segundo dia segui em direção à famosa Baby Beach (21 km de Oranjestad), extremo sul da ilha. Este é um dia que alugar um carro poderá ser útil se você não tiver alugado para todo o período na ilha (porém, há passeios fechados para lá também). Se tiver tempo, abaixo do aeroporto tem uma praia que não visitei e que dizem também ser linda, a Mangel Halto. Indo pela estrada principal, já no extremo sul, passei pela Boca Grandi, uma praia com muito vento e que tinha muitas pessoas praticando kite surf. É um mar mais bravo. Você vai identificar a localização porque é um trecho com uma bifurcação, onde há uma grande âncora vermelha, e olhando para a esquerda já dá para ver a praia abaixo. O caminho para a Baby Beach continua para a direita. Você pode parar na parte de cima dela e caminhar, ou então pegar um pequeno trecho de estrada de terra (o resto dos caminhos até aqui foi todo asfaltado) e estacionar já na praia.
De lá finalmente fui para a Baby Beach, uma das preferidas de muitos visitantes! Ela tem águas bem calmas, é uma das principais e mais belas de Aruba, e tem esse nome porque dizem que é boa para ir com crianças, pois tem muitos trechos rasos e tranquilos. É uma piscina! Lá tem alguns quiosques também. Ao lado da Baby Beach está a Rodger’s Beach. Ela também é bonita, mas você vê mais de perto a refinaria de petróleo ao fundo, então acho que por isso as pessoas preferem a praia vizinha, o que deixa esta mais vazia.
No meu terceiro dia, depois de visitar as principais praias da ilha, parti para um roteiro mais alternativo, que nem todo mundo faz. Seria o dia de visitar a parte central e leste da ilha, onde fica o parque nacional Arikok. Foi até um pouco complicado conseguir informações sobre como chegar e se o carro alugado (peguei o mais barato) conseguiria ir em todos os lugares que planejei. Algumas pessoas fazem um passeio de jipe que leva ao parque Arikok (cerca de 100 dólares). Parece ser bem interessante, já que passa em vários locais que um carro de passeio não consegue ir, como pontes e piscinas naturais (tem uma bem famosa, a Cura di Tortuga), cavernas e praias escondidas.
Primeiro eu visitei um ponto central na ilha, que é a parte mais alta e serve como mirante, a Hooiberg Mountain. Ela tem 165 m de altura e uma grande escadaria de concreto. No topo há algumas antenas. Lá de cima observei um cenário bem árido e consegui ver uma parte mais residencial da ilha, não tão turística. Depois eu segui para o Arikok, peguei um caminho para a Natural Bridge. A região do parque é bem árida, com muitos cactos e pedras e penhascos. Daqui para a frente foram só estradinhas de terra, mas estavam bem batidas e foi bem simples para o carro. Como já disse, nesse parque tem regiões que realmente só dá para fazer de veículo 4×4, mas os lugares que eu acessei foram tranquilos com um carro popular.
A ponte é uma atração curiosa, pois foi formada pelo desgaste nas pedras pelas ondas do mar. Na verdade a ponte original já ruiu, e agora só tem uma ponte menor, mas mesmo assim achei o lugar bem bonito e curioso. Lá há também um restaurante, que é muito bom como apoio. Deixando o carro estacionado (não quis arriscar passar em caminhos mais complicados com o carro) na Natural Bridge você consegue ir a pé para umas praias que se avista de lá. Elas têm o mar mais bravo, mas as paisagens são muito bonitas.
Depois saí novamente de carro e fui para as ruínas da mina de ouro de Bushiribana, explorada centenas de anos atrás. Elas estão bem preservadas e a vista de cima é bem bonita. Se você sair das ruínas e for um pouco para a direita, margeando o penhasco para o mar, vai chegar em um ponto que tem uma escada fixa. De longe não se vê. Mas chegando perto, desça pela escada, pois há uma pequena gruta, cujas pedras formam uma belíssima piscina natural. Daí você vê que essa região tem muitas praias, pontes, piscinas e cavernas escondidas.
Essa foi a minha experiência em Aruba, que não é uma ilha barata, mas eu tentei fazer a maior parte dos passeios por conta própria para gastar só com o aluguel do carro e assim consegui manter a viagem com um orçamento limitado. Então, seja qual for o seu estilo de viajante, com certeza Aruba encanta a todos!
Meus gastos de viagem (4 dias):
- hospedagem (3 noites): 200 dólares
- Aluguel de carro (3 diárias): 100 dólares
- demais gastos (comida, água): 70 dólares
- TOTAL: 370 dólares
Ola Sabrina , tudo bem?
sabe me dizer o preço médio de uma refeição em aruba? estou planejando ir ano que vem e gostaria de ter uma idéia de gastos.
Sobre o transporte na ilha, da pra se virar bem sem carro apenas com transporte publico? vi que recomendam alugar um dia apenas para ir a Baby beach.
Obrigada
Oi, Brena!
É um pouco caro para comer em Aruba, minha única refeição fora foi uma fatia da Pizza Hut, que saiu por $9 dólares. Até dá para ir para os lugares sem carro, mas desde que vc tenha paciência. Para a Baby Beach, por exemplo, ouvi dizer que vc pega 3 ônibus para chegar.
Pesquisei agora e descobri que existe esse site, que informa preços e horários dos ônibus públicos (embora eu não tenha visto nenhum ônibus quando estive lá):
http://arubus.com/
e
https://www.visitaruba.com/getting-around/bus-schedule/
Obrigada por acessar o blog e qualquer coisa me pergunte!