Muitas pessoas têm o primeiro contato com João Pessoa através de um bate-volta de Recife ou até mesmo de Natal. Porém, não acho isso justo com um lugar com tanto potencial. Isso porque Jampa (como a chamamos carinhosamente <3), além de ser uma cidade super agradável, está cheia de praias lindas, de águas verdes e areia clara, sem contar as belas paisagens, gastronomia e cultura.
Quando? A época mais agradável para conhecer esse paraíso é o verão. Em geral, no inverno o nordeste brasileiro costuma ser chuvoso e com vento.
Como chegar. A maioria das pessoas chega pelo aeroporto de João Pessoa, mas muitas vêm por terra de outras capitais do nordeste.
Em geral os visitantes ficam de 2 a 4 dias.
Onde ficar? A região de Tambaú é um dos melhores bairros para se hospedar, pois fica próximo à praia, além de ter bons restaurantes e lojas e um centrinho bem movimentado à noite (que delícia comer as fartas tapiocas e ver os artesanatos!). Porém, algumas pessoas preferem Cabo Branco, Manaíra, ou Bessa, todos perto da praia.
E os passeios? Em geral os visitantes alugam carro para essa capital, pois é fácil chegar à maioria dos atrativos dessa maneira, além de ter a vantagem de ficar quanto tempo quiser nas praias preferidas. Como eu fui sozinha e não estava a fim de dirigir, preferi contratar uma das agências da região, que me atendeu super bem, a Luck Receptivo. No site deles tem todos os preços. Além disso, você pode comparar os preços com diversas outras agências, como neste site.
Dia 1
Em meu primeiro dia fui às praias da Costa do Conde, no litoral sul. Na verdade, Conde já é outro município. A primeira parada foi na Praia Bela, onde o rio Mucatú encontra o mar. Apesar de um pouco cheia, achei o lugar lindíssimo e ótimo para banho. Aliás, todas as praias nos arredores de Jampa são excelentes, pois a água é sempre quentinha!
Depois pegamos um passeio com um carro temático 4×4, o Penélope Charmosa, que era bem divertido. Muitas pessoas nesse trecho pegam um tour em um buggy, pois circula-se numa parte de areia para chegar a alguns mirantes, que ficam entre avermelhadas falésias. Um deles é o Castelo da Princesa (dizem que a formação rochosa parece um castelo), a paisagem é maravilhosa, e a visão do mar misturando os tons azuis e verdes ao fundo parece uma miragem.
Seguimos para outro mirante, mais espetacular ainda que o primeiro, o Dedo de Deus. De lá avista-se a praia do Coqueirinho, e essa foi a mais bela visão que tive, a praia é uma das mais lindas do país.
Descemos em seguida na praia de Tambaba. Ela é conhecida por ser uma praia de naturismo. O acesso principal da praia não é, mas a partir de um ponto, só pode entrar sem roupa. Eu como sou tímida fiquei apenas na primeira praia!
Após Tambaba fomos para a praia do Coqueirinho, que eu havia avistado do mirante do Dedo de Deus. Na parte próxima aos restaurantes estava um pouco cheio, porém, saí em uma caminhada em direção à praia de Tabatinga, e andei por vários quilômetros de faixa de areia quase que só para mim, e o cenário parecia uma pintura! Foram cerca de 40 minutos de praias desertas e belos coqueiros nessas andanças entre Coqueirinho e Tabatinga, e mais o mesmo para voltar. A praia de tabatinga é cheia de belas falésias.
Dia 2
Em meu segundo dia fiz um passeio que a Luck Receptivo chama de Encantos da Costa do Conde, portanto, também no litoral sul. A primeira parada do dia foi na praia Barra do Gramame, em que o Rio Gramame encontra o mar. Essas praias de encontro do rio com o mar formam paisagens espetaculares!
Depois fomos para um lugar famoso na região, a Praia do Amor. Lá existe uma Pedra Furada que gerou uma lenda: se um casal passar de mãos dadas debaixo da pedra, selará sua união para sempre. Super romântico, não? Os casais adoram! Essa praia fica perto da praia de Jacumã.
Dia 3
Já em meu terceiro dia fiz o passeio ao Litoral Norte, que incluía o entardecer na Praia do Jacaré para ver o famoso, o inigualável, Bolero de Ravel! Logo de manhã passamos pela praia do Bessa, bem urbana, para ver o projeto Tartarugas Urbanas, uma espécie de Projeto Tamar.
Apesar de as praias preferidas de Jampa serem no litoral sul, achei o mar no litoral norte, na região do Cabedelo, super bonito. Paramos no Lovina para almoçar e aproveitamos a praia em frente. Depois visitamos a fortaleza de Santa Catarina, um passeio guiado bem interessante.
E finalmente, o momento mais esperado do dia: o Bolero de Ravel. Ele acontece na Praia do Jacaré, no rio Paraíba. O músico Jurandy do Sax todos os dias sobe no seu barquinho e toca o famoso Bolero de Ravel em seu saxofone, o que se traduz em um espetáculo emocionante somando a música ao por do sol lindo! É para fechar o dia com chave de ouro! Muitas pessoas pagam um passeio para ficar nos grandes barcos entre os quais o barquinho do Jurandy circula. Porém, não achei necessário, da orla da praia dá para ver muito bem esse belo show, além de ser de graça!
Se você não estiver nem de carro nem de excursão, dá para vir de ônibus de linha até esse local, pegando a linha Tambaú-Bessa, e depois outra de lá para Cabedelo. Para ouvir o Jurandy é bom estar às 17h lá.
Dia 4
Em meu quarto dia escolhi uma das piscinas naturais da região, as piscinas naturais do Seixas. Além dessas, existem as piscinas da Ilha de Areia Vermelha e as de Picãozinho.
Para esse tipo de passeio, de flutuação para avistar peixinhos, é necessário (como contei no post de Maragogi e no post de Natal) consultar a tábua de marés. Como eu estava com agência, eles sabem quando é bom fazer o passeio e fica a cargo deles. Mas caso você precise, o ideal é que o valor esteja o mais baixo possível, em torno de 0,3. Há vários sites que mostram a tábua de marés mês a mês, entre eles (Turismo João Pessoa e Tábua de marés e PB Agora). Se você tiver levado seu próprio snorkel não precisará alugar um.
Depois das piscinas do Seixas, fomos ao santuário Nossa Sra. da Penha. E na volta a Jampa, visitamos o centro cultural Estação Cabo Branco, projetado por Oscar Niemeyer. O local é imponente pela arquitetura externa, mas as exposições são simples. Funciona de terça à sexta das 9h às 18 e sábados, domingos e feriados das 10h às 19h, e a entrada é gratuita. Próximo dali está o Farol de Cabo Branco.
Aproveitei umas últimas horas livres para visitar alguns atrativos do centro histórico de Jampa. Como tinha pouco tempo, acabei fazendo esse tour de Uber, e ficou bem barato. Conversei com o motorista para que me esperasse em cada parada, para que fosse confortável e seguro.
Essa visita é interessante, pois João Pessoa é uma das cidades mais antigas do Brasil. Visitei atrações como o Centro Cultural São Francisco, a Igreja Nossa Senhora do Carmo, o casario da Praça Antenor Navarro, a Igreja São Frei Pedro Gonçalves, o Hotel Globo, a Casa da Pólvora, o Tribunal de Justiça e o Palácio da Redenção e o Theatro Santa Roza.
Tem um passeio que não fiz, para uma espécie de reserva/santuário, que é a Ilha da Restinga, com diferentes ecossistemas e mangue.
Jampa é uma cidade muito agradável e com praias maravilhosas de encher os olhos. Jamais esquecerei, por isso digo que vale a visita!